De acordo com fontes em Shangai, no dia 31 último aviões japoneses bombardearam Pao-Ting-Fu, em virtude de os japoneses terem verificado concentrações de tropas chinesas na cidade. O acordo de Humetzu foi violado. Mais de 700 civis morreram nesse ato.
Cresce o sentimento de revolta em Tung-Chow contra japoneses.
O governo japonês pretende pedir ao Parlamento (Dieta) um orçamento suplementar de 300 milhões de ienes destinados a financiar as despesas das operações militares ao norte da China, ao que o Ministro das Finanças declarou:
"O governo levará o programa financeiro até o limite extremo da capacidade econômica do país.
Seremos sem dúvida forçados a organizar um segundo orçamento suplementar, cujo montante será superior ao primeiro. Cobriremos as despesas atuais com empréstimos, mas stamos estudando novos meios de cobertura para as novas necessidades".
O ministro de transportes do Japão anunciou que o comércio de cabotagem está suspenso para os navios estrangeiros na jurisdição japonesa. A medida visa mobilização de recursos para transportes urgentes ao norte da China.
No dia seguinte, Cordel Hull receberia a visita do embaixador da China para expor a situação do conflito sino-japonês, expondo que a resistência chinesa era necessária mesmo que levasse a um estado de guerra entre as duas nações. O temor do governo do marechal Chiang-Kai-Chek é que isso cause uma expansão indesejada e desenfreada do Japão na região.
Fonte: O Estado de S.Paulo, 01 de agosto de 1937 - domingo.
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